segunda-feira, 31 de maio de 2010
café com pão
Trem de ferro, de Manuel Bandeira
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge maria que foi isso maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu presciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô...
Vou mimbora
Vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
(Por Bárbara Carneiro)
para criar passarinhos
“Para criar passarinho há que se gostar da noite como um tempo para dormir aninhado entre estrelas. Isso se consegue não suspeitando dos sonhos e fascinar-se com a temporária presença da lua. Ter o escuro como manto capaz de abrigar o sono e mais uma paciente certeza de um sol depois de toda a madrugada”.
Bartolomeu Campos de Queirós
(Por Bárbara Carneiro)
Mário Quintana
Menina Tonta
TANTA TINTA
Cecília Meireles
Ah! menina tonta,
toda suja de tinta
mal o sol desponta!
(Sentou-se na ponte,
muito desatenta...
E agora se espanta:
Quem é que a ponte pinta?
com tanta tinta?...)
A ponte aponta
e se desaponta.
A tontinha tenta
limpar a tinta,
ponto por ponto
e pinta por pinta...
Ah! a menina tonta
Não viu a tinta da ponte!
(Por Bárbara Carneiro)
Sam he is
Uma nova série de fotos. Eu nunca pensei em fazer séries, mas tenho feito-as e essa é uma tentativa de ter um estilo. Minhas fotos são tão aleatórias que fazendo séries posso colocar minhas idéias em ordem e minhas fotos em alguma forma estética. As séries estão um pouco egocêntricas, porque estou estudando e trabalhando muito, e fica difícil sair e colocar minhas idéias como eu gostaria.
Então, aqui está uma série sobre poesia para crianças. Eu comecei com Green Eggs and Ham (Ovos e presunto verdes) do Dr. Seuss porque foi o primeiro livro infantil que li nesse ano. Talvez seja o único caso de poesia em inglês, porque estou estudando poesia para crianças em português (Brasil, Portugal e lusófonos na África).
Green Eggs and Ham foi escrito em 1960 por Dr. Seuss. Para os que pensam que não conhecem esse escritor, ele escreveu O gato na cartola e Horton no país dos Quem!, Como o Grinch roubou o Natal, livros que viraram filmes. Green Eggs and Ham aparece num filme com o Sean Pean e a pequena Dakota Fanning (mas a trilha sonora é inspirada nos bítous!).
(Por Bárbara Carneiro)
Antologia de poemas e fotografias da Bárbara
A aluna Bárbara Carneiro escolheu fazer uma série de fotos e poesias como trabalho final da nossa disciplina. Vou postar aqui as fotos que ela publicou para que todos tenham contato com o trabalho, tá? As fotos estão originalmente postadas no Flickr dela, onde outras fotos (lindas!) estão disponíveis. O endereço é:
http://www.flickr.com/photos/babileta/
Eu apenas copiei as fotos e os textos que ela colocou.
beijos!
http://www.flickr.com/photos/babileta/
Eu apenas copiei as fotos e os textos que ela colocou.
beijos!
Dicionário
- Lara?
- Fê! Fala.
- Você sabe o que é afelar?
- É relar no fel?
- Não. É misturar o Rafael!
(Rafael Benaque)
- Fê! Fala.
- Você sabe o que é afelar?
- É relar no fel?
- Não. É misturar o Rafael!
(Rafael Benaque)
Relatório do Rafael Benaque (Relatório I)
Cecília Meirelles
A poetisa nascida em 7 de novembro de 1901, Cecília Meireles teve de, desde muito cedo, aprender a lidar com a morte. Antes mesmo de nascer, já havia perdido o pai e, com menos de três anos, se viu sem a mãe. Essas experiências acabaram moldando bastante a forma como ela via o mundo e, segundo a própria escritora, essa proximidade com a morte fez com que ela entendesse as relações entre eterno e efêmero.
Em 1919, foi publicado seu primeiro livro de verso, Espectros. Mas a obra que vamos discutir aqui saiu em 1964, mesmo ano em que morreu sua autora. Ou Isto ou Aquilo é um livro voltado para o publico infantil e aborda temas como o cotidiano, as relações com as pessoas próximas e o ambiente que cerca a criança.
O poema-título do livro é um exemplo de como a autora vê o universo infantil e de como a criança, dentro de sua realidade, também tem suas dúvidas e dilemas.
Ou Isto ou Aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
O poema também propõe um jogo de escolhas. De acordo com Huizinga, o jogo pressupõe regras e, além disso, tem inerente a si, uma tensão que mantém aquele que participa imerso em seu contexto. Aqui, o jogador se vê em uma rede de caminhos que se bifurcam, uma vez que é impossível estar em dois lugares ao mesmo tempo. Seguindo essa regra, se desenha uma tensão na medida em que é preciso estar o tempo todo deixando possibilidades sem desenvolvimento.
Esse questionamento, apesar de ser feito de forma lúdica por Cecília Meireles, é algo muito presente também na dita “literatura adulta”. Um exemplo disso é o conto O Jardim dos Caminhos que se Bifurcam, do argentino Jorge Luís Borges. Isso mostra que a poetisa tinha a percepção de que as crianças são complexas, têm questionamentos e, dentro de suas experiências e fantasias, lêem o mundo e percebem suas mazelas.
Mario Quintana
O poeta gaúcho nasceu em 30 de julho em 1906. Com a ajuda dos pais, aprendeu a ler e escrever e, aos 13 anos, foi estudar no Colégio Militar de Porto Alegre em regime de internato. Foi lá que publicou seus primeiros textos, na revista da escola. Contrariando os desejos do pai, que desejava que Mario se tornasse doutor, o rapaz começa a trabalhar em uma livraria.
Apesar de ter se destacado como poeta, Quintana também foi tradutor e jornalista. Como escritor, chegou a ser premiado por textos em prosa. Seu primeiro livro publicado foi a Rua dos Cataventos, em 1940. Abordaremos aqui o Sapato Furado, uma reunião de poemas publicada em 1994, ano da morte do escritor.
Na edição analisada, feita em 2006 pela editora Global, as ilustrações têm um importante papel no desenvolvimento dos poemas, carregando ainda mais de sentido o texto. O livro é composto por pequenos poemas que mostram bem uma característica da obra de Quintana, isto é, uma linguagem mais infantil, apesar da densidade dos temas.
Quando escreve, Mario se expressa de forma pueril, lúdica, mas que, muitas vezes, trata de temas de cunho mais maduro, como religião, solidão, identidade pessoal e morte. Isso mostra também uma visão interessante sobre o universo das crianças. Talvez não da mesma forma como feito por Cecília Meireles, Quintana vê na criança uma complexidade que, muitas vezes, é ignorada. Dessa forma, apesar de tentar falar em níveis compreensíveis, a forma como certos assuntos chegam ao leitor acabam por não mantê-lo imerso no jogo proposto. Seguem três exemplos retirados do livro:
Ideais
Os outros meninos, um queria ser médico, outro pirata, outro engenheiro, ou advogado
[ou general.
Eu queria ser pajem medieval. Mas isso não é nada.
Hoje eu queria ser uma coisa mais louca: eu queria ser eu mesmo!
O Pior
O pior dos problemas da gente é que ninguém tem anda com isso.
No Céu
No céu é sempre domingo. E a gente não tem outra coisa a fazer senão ouvir os chatos.
E lá é ainda pior do que aqui,
pois se trata dos chatos de todas as épocas do mundo.
José Paulo Paes
Os temas mais adultos também fazem parte da obra de José Paulo Paes. Nascido em 1926, no interior de São Paulo, o poeta trabalhou também como ensaísta e tradutor. Chamado de “poeta magro” por seu estilo conciso, ele também é um adepto da linguagem lúdica e de um olhar irônico sobre a realidade.
A obra analisada foi O Menino de Olho d’Água. Escrita ao lado de Rubens Matuck, ganhou o prêmio Ofélia Fontes de melhor livro de literatura infantil, pela Fundação Nacional do Livro.
Nesse texto, aborda-se a importante questão do meio-ambiente e de sua conservação. Para trazer a criança para dentro dessa reflexão, os autores fazem uso de uma linguagem verbal bem trabalhada, acessível, e de ilustrações carregadas de sentido, especialmente no que diz respeito às cores. O jogo aqui fica a cargo do diálogo entre tons, palavras e a história, que cria um contexto emotivo e intrigante, no qual o leitor se insere.
A mudança da aridez amarela para o azul é feita de forma que texto e desenho caminhem lado a lado trazendo o leitor, parte essencial do jogo literário, cada vez mais para o interior da narrativa.
Henriqueta Lisboa
Também nascida no começo do século, a poetisa mineira teve um papel bastante importante no modernismo brasileiro. Amiga pessoal de Mário de Andrade, é tida como uma das responsáveis pelos rumos tomados pela literatura infantil. Em 1943, publicava O Menino Poeta, obra aqui discutida.
O livro traz em suas páginas poemas que falam do cotidiano da criança. Do berço do bebê até os insetos no jardim, nada escapa à percepção aguda do eu-lírico curioso. Esse tipo de relação com o ambiente mostra o constante jogo pelo qual passa a criança em sua ininterrupta descoberta do mundo.
É possível também traçar um paralelo desse jogo pueril com o fazer poético. É notável que a poetisa busca em seu texto trazer uma linguagem acessível, mas que não seja pobre. Na realidade, a autora se propõe um jogo de descoberta, a partir do momento em que pretende trazer para o poema uma visão infantil. A escolha das palavras, das figuras de linguagem e da forma de se construir as imagens, são uma forma lúdica de desafio que Henriqueta Lisboa se faz, isto é, se colocar no lugar da criança e tentar enxergar as pequenas coisas como eventos inéditos e espetaculares.
Bartolomeu Campos de Queirós
Nascido já no fim da Segunda Guerra Mundial, esse escritor mineiro já ganhou diversos prêmios desde que publicou seu primeiro livro, em 1974. A obra que abordaremos, no entanto, é Para Criar Passarinhos.
Dentre os livros comentados aqui, esse é o menos infantil deles. Na realidade, pode-se enxergar esse texto como um manual metafórico para a prática da poesia, ou – quem sabe – para uma melhor relação com o mundo.
Defensor da linguagem livre e lúdica, Bartolomeu parece desenvolver, de forma bastante sensível, a ideia da liberdade de uso das palavras. Entendendo-se o “criar passarinhos” como escrever poemas, essa tese fica evidente em trechos como “Para bem criar passarinhos é proveitoso ignorar as grades, as prisões, as teias. É bom se desfazer das paredes, cercas, muros e soltar-se. É melhor ainda não dispor de trilhas ou veredas e ter o ar inteiro como um pequeno espaço para a ligeireza das asas.”
A defesa de um olhar “descontaminado” sobre a realidade, isto é, de um olhar livre de preconceitos e que se permite descobrir o mundo a cada instante também é clara no livro. Dessa forma, o escritor despreza formalismos e a priores que acabam por impedir que o poema crie suas asas e ganhe toda a dimensão de sentido que lhe é possível.
A poetisa nascida em 7 de novembro de 1901, Cecília Meireles teve de, desde muito cedo, aprender a lidar com a morte. Antes mesmo de nascer, já havia perdido o pai e, com menos de três anos, se viu sem a mãe. Essas experiências acabaram moldando bastante a forma como ela via o mundo e, segundo a própria escritora, essa proximidade com a morte fez com que ela entendesse as relações entre eterno e efêmero.
Em 1919, foi publicado seu primeiro livro de verso, Espectros. Mas a obra que vamos discutir aqui saiu em 1964, mesmo ano em que morreu sua autora. Ou Isto ou Aquilo é um livro voltado para o publico infantil e aborda temas como o cotidiano, as relações com as pessoas próximas e o ambiente que cerca a criança.
O poema-título do livro é um exemplo de como a autora vê o universo infantil e de como a criança, dentro de sua realidade, também tem suas dúvidas e dilemas.
Ou Isto ou Aquilo
Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
O poema também propõe um jogo de escolhas. De acordo com Huizinga, o jogo pressupõe regras e, além disso, tem inerente a si, uma tensão que mantém aquele que participa imerso em seu contexto. Aqui, o jogador se vê em uma rede de caminhos que se bifurcam, uma vez que é impossível estar em dois lugares ao mesmo tempo. Seguindo essa regra, se desenha uma tensão na medida em que é preciso estar o tempo todo deixando possibilidades sem desenvolvimento.
Esse questionamento, apesar de ser feito de forma lúdica por Cecília Meireles, é algo muito presente também na dita “literatura adulta”. Um exemplo disso é o conto O Jardim dos Caminhos que se Bifurcam, do argentino Jorge Luís Borges. Isso mostra que a poetisa tinha a percepção de que as crianças são complexas, têm questionamentos e, dentro de suas experiências e fantasias, lêem o mundo e percebem suas mazelas.
Mario Quintana
O poeta gaúcho nasceu em 30 de julho em 1906. Com a ajuda dos pais, aprendeu a ler e escrever e, aos 13 anos, foi estudar no Colégio Militar de Porto Alegre em regime de internato. Foi lá que publicou seus primeiros textos, na revista da escola. Contrariando os desejos do pai, que desejava que Mario se tornasse doutor, o rapaz começa a trabalhar em uma livraria.
Apesar de ter se destacado como poeta, Quintana também foi tradutor e jornalista. Como escritor, chegou a ser premiado por textos em prosa. Seu primeiro livro publicado foi a Rua dos Cataventos, em 1940. Abordaremos aqui o Sapato Furado, uma reunião de poemas publicada em 1994, ano da morte do escritor.
Na edição analisada, feita em 2006 pela editora Global, as ilustrações têm um importante papel no desenvolvimento dos poemas, carregando ainda mais de sentido o texto. O livro é composto por pequenos poemas que mostram bem uma característica da obra de Quintana, isto é, uma linguagem mais infantil, apesar da densidade dos temas.
Quando escreve, Mario se expressa de forma pueril, lúdica, mas que, muitas vezes, trata de temas de cunho mais maduro, como religião, solidão, identidade pessoal e morte. Isso mostra também uma visão interessante sobre o universo das crianças. Talvez não da mesma forma como feito por Cecília Meireles, Quintana vê na criança uma complexidade que, muitas vezes, é ignorada. Dessa forma, apesar de tentar falar em níveis compreensíveis, a forma como certos assuntos chegam ao leitor acabam por não mantê-lo imerso no jogo proposto. Seguem três exemplos retirados do livro:
Ideais
Os outros meninos, um queria ser médico, outro pirata, outro engenheiro, ou advogado
[ou general.
Eu queria ser pajem medieval. Mas isso não é nada.
Hoje eu queria ser uma coisa mais louca: eu queria ser eu mesmo!
O Pior
O pior dos problemas da gente é que ninguém tem anda com isso.
No Céu
No céu é sempre domingo. E a gente não tem outra coisa a fazer senão ouvir os chatos.
E lá é ainda pior do que aqui,
pois se trata dos chatos de todas as épocas do mundo.
José Paulo Paes
Os temas mais adultos também fazem parte da obra de José Paulo Paes. Nascido em 1926, no interior de São Paulo, o poeta trabalhou também como ensaísta e tradutor. Chamado de “poeta magro” por seu estilo conciso, ele também é um adepto da linguagem lúdica e de um olhar irônico sobre a realidade.
A obra analisada foi O Menino de Olho d’Água. Escrita ao lado de Rubens Matuck, ganhou o prêmio Ofélia Fontes de melhor livro de literatura infantil, pela Fundação Nacional do Livro.
Nesse texto, aborda-se a importante questão do meio-ambiente e de sua conservação. Para trazer a criança para dentro dessa reflexão, os autores fazem uso de uma linguagem verbal bem trabalhada, acessível, e de ilustrações carregadas de sentido, especialmente no que diz respeito às cores. O jogo aqui fica a cargo do diálogo entre tons, palavras e a história, que cria um contexto emotivo e intrigante, no qual o leitor se insere.
A mudança da aridez amarela para o azul é feita de forma que texto e desenho caminhem lado a lado trazendo o leitor, parte essencial do jogo literário, cada vez mais para o interior da narrativa.
Henriqueta Lisboa
Também nascida no começo do século, a poetisa mineira teve um papel bastante importante no modernismo brasileiro. Amiga pessoal de Mário de Andrade, é tida como uma das responsáveis pelos rumos tomados pela literatura infantil. Em 1943, publicava O Menino Poeta, obra aqui discutida.
O livro traz em suas páginas poemas que falam do cotidiano da criança. Do berço do bebê até os insetos no jardim, nada escapa à percepção aguda do eu-lírico curioso. Esse tipo de relação com o ambiente mostra o constante jogo pelo qual passa a criança em sua ininterrupta descoberta do mundo.
É possível também traçar um paralelo desse jogo pueril com o fazer poético. É notável que a poetisa busca em seu texto trazer uma linguagem acessível, mas que não seja pobre. Na realidade, a autora se propõe um jogo de descoberta, a partir do momento em que pretende trazer para o poema uma visão infantil. A escolha das palavras, das figuras de linguagem e da forma de se construir as imagens, são uma forma lúdica de desafio que Henriqueta Lisboa se faz, isto é, se colocar no lugar da criança e tentar enxergar as pequenas coisas como eventos inéditos e espetaculares.
Bartolomeu Campos de Queirós
Nascido já no fim da Segunda Guerra Mundial, esse escritor mineiro já ganhou diversos prêmios desde que publicou seu primeiro livro, em 1974. A obra que abordaremos, no entanto, é Para Criar Passarinhos.
Dentre os livros comentados aqui, esse é o menos infantil deles. Na realidade, pode-se enxergar esse texto como um manual metafórico para a prática da poesia, ou – quem sabe – para uma melhor relação com o mundo.
Defensor da linguagem livre e lúdica, Bartolomeu parece desenvolver, de forma bastante sensível, a ideia da liberdade de uso das palavras. Entendendo-se o “criar passarinhos” como escrever poemas, essa tese fica evidente em trechos como “Para bem criar passarinhos é proveitoso ignorar as grades, as prisões, as teias. É bom se desfazer das paredes, cercas, muros e soltar-se. É melhor ainda não dispor de trilhas ou veredas e ter o ar inteiro como um pequeno espaço para a ligeireza das asas.”
A defesa de um olhar “descontaminado” sobre a realidade, isto é, de um olhar livre de preconceitos e que se permite descobrir o mundo a cada instante também é clara no livro. Dessa forma, o escritor despreza formalismos e a priores que acabam por impedir que o poema crie suas asas e ganhe toda a dimensão de sentido que lhe é possível.
domingo, 30 de maio de 2010
Relatório da Bárbara Carneiro (relatório I)
O presente relatório tem como objetivo debater a poesia infantil e juvenil a partir de alguns autores já apresentados em sala de aula. O debate girará em torno das vantagens e desvantagens desse material para crianças e jovens e o direcionamento para esse público ou para outro.
É sempre muito complicado pensar em uma literatura voltada especificamente para um público, já que eles nunca são homogêneos. Nesse caso, é especialmente difícil a análise porque quem a faz não está dentro do grupo especificado. O que procurarei fazer aqui é trazer alguns poemas dos autores indicados e apresentados nos seminários e tentar relacioná-los à experiência infantil e juvenil e a possível intenção do autor.
Não me aterei aos projetos gráficos dos livros, por estarem sujeitos a frequentes mudanças conforme as diferentes edições, mas é preciso destacar a importância visual e de significados dessas escolhas gráficas.
1. Cecília Meireles
Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu no Rio de Janeiro em 07 de novembro de 1901 e morreu na mesma cidade em 09 de novembro de 1964. Exerceu a profissão de professora e jornalista, mas é principalmente lembrada pelo seu trabalho com poemas. Sua obra poética tem às vezes um enfoque na literatura infantil e juvenil, mas destacou-se também com O Romanceiro da Inconfidência.
Suas temáticas costumam abarcar questões metafísicas e minimalistas, desde a presença de flores até a brevidade da vida. Essa poesia leve e ao mesmo tempo complexa não precisa sair do campo dos adultos para circular muito bem no das crianças. As temáticas podem variar, mas a forma permanece lírica.
O livro usado para o seminário foi “Ou isto ou aquilo”. O poema homônimo ao livro traz uma série de possibilidades, mas que acabam sendo excludentes. Ou se pode fazer uma coisa, ou se pode fazer outra.
“É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!”
Sua obra infanto-juvenil apresenta uma lírica própria. A poeta problematiza grandes questões da existência de um modo simples, mas não simplista. Quando trata de um “isto” e de um “aquilo”, apresenta às crianças alguns pares que, além de criar uma idéia de escolha, indicam como não se pode viver de extremos. Não se pode estar nos ares o tempo todo, nem no chão; não se pode somente estudar, mas não se deve só brincar.
O público dessa obra é infantil. Favoravelmente a esse direcionamento, pode-se dizer do seu cuidado em não apresentar certezas absolutas, mas dúvidas e questionamentos. Apresentar o mundo para crianças deve ser um trabalho de indagação constante, porque adultos não devem se colocar em posição de donos do mundo.
2. Mario Quintana
Mario Quintana nasceu em Alegrete em 30 de julho de 1906 e morreu em Porto Alegre em 1994. Foi poeta, tradutor e jornalista. Não foi um poeta reconhecido na Academia, mas admirado por muitos de seus membros. Ao recusar o convite para candidatar-se pela quarta vez a fazer parte dela, o poeta criou uma de suas frases mais célebres: “Eles passarão/eu passarinho”.
Os livros analisados no seminário foram “Nariz de vidro” e “Sapato furado”, coletâneas de poemas dele. Centrar-me-ei no segundo.
“Sapato furado” traz pequenos versos e algumas prosas poéticas que tratam de assuntos diversos. Da morte e da vida, da infância, da velhice, da diferença entre amor e amizade, tudo com bastante ironia.
A ironia é uma desvantagem da obra para crianças muito pequenas que ainda não conseguem distinguir o que é irônico do que não é, caminhando em direção ao que é literal. No entanto, para crianças que já conseguem fazer essa distinção, o texto parece ser excelente. Traz reflexões em poucas palavras e diverte. Carrega um quê de pequenas subversões aos textos comumente indicados para crianças, justamente devido à ironia. E são nessas pequenas subversões que encontramos humor, o inesperado que gera a vontade de rir.
“Sapato furado” é uma antologia de poemas que não foram feitos especificamente para figurar em um mesmo livro, mas que se encaixam muito bem juntos. O poema “Que nome!”, por exemplo, figurava no Caderno H, em uma parte chamada “Palavras”. Outros textos foram tirados da obra Da preguiça como método de trabalho.
Que nome!
E não sei ao certo quem era ela, nem o que fez, mas tenho a certeza de que Dona Urraca foi uma das princesas mais infelizes do mundo...
3. Henriqueta Lisboa
Henriqueta Lisboa nasceu em Lambari em 15 de julho de 1901 e morreu em Belo Horizonte em 9 de outubro de 1985.
O livro recomendado foi “O menino poeta”. Analisarei o poema com esse nome. Henriqueta Lisboa faz uso de onomatopéias, que levam a leitura a um campo mais divertido. Ao mesmo tempo, o mote do texto é a procura pelo menino poeta. Esse menino, diz o poema, é conhecido do vizinho, de um peregrino. Mas o eu-lírico ainda não o encontrou, apenas sabe da história dele.
Uma aproximação do público ao menino poeta é feita a partir de uma alegoria. Menino poeta seria a criança em geral. É com simplicidade que ele e as crianças lidam com as coisas do mundo. É capaz de ensinar sobre o que está posto, o céu, o mar sem se pretender especialista, sendo apenas um vivente que capta a beleza do que o rodeia.
“O menino poeta
quero ver de perto
quero ver de perto
para me ensinar
as bonitas cousas
do céu e do mar.”
4. José Paulo Paes
José Paulo Paes nasceu na cidade de Taquaritinga em 1926 e morreu em São Paulo em 9 de outubro de 1998. Foi poeta, tradutor, crítico e ensaísta.
O livro analisado em seminário foi “O menino de Olho d’água”, enfocando-se o diálogo entre texto e ilustrações. O texto, por sinal, apresenta um diálogo dentro de si mesmo, já que é composto por prosa e poema. Os trechos em versos foram escritos por Paes, mas a prosa é de Rubens Matuck, que fizera também as ilustrações da obra. É interessante verificar a tonalidade das ilustrações e seus momentos de reviravolta em contato direto com a narrativa.
O texto tem uma função pedagógica clara ao mostrar a importância da água para a cidade do menino e a importância também da natureza ao redor, além de uma mensagem sobre vacinação.
Um fator muito relevante nessa obra é o passar do tempo. Quando era menino, o protagonista se junta a um velho e juntos se propõem a ajudar a cidade. Depois de muito tempo, quando o velho já havia morrido e o próprio menino já não era mais jovem, retorna à cidade e se recorda do tempo passado.
Em termos formais, a conversa do narrador com o leitor aproxima o segundo do livro. Trava uma relação entre os dois e a reflexão passa a ser construída por ambos.
Por esse mote pedagógico que o livro tem uma grande importância. Ele apresenta ao público infantil e juvenil a sua ordenação ao caos que é a realidade, mas envolve personagens sociais em uma dinâmica explicativa, suavizada pelas tenras cores de Rubens Matuck.
5. Bartolomeu Campos de Queirós
Nascido na cidade de Papagaio, Bartolomeu Campos de Queirós é o autor de “Para criar passarinho”, além de outros livros para o público infantil e juvenil.
O texto vem de modo formal em prosa, mas exala poesia em todas as suas construções verbais. Escrito como se fosse um manual de como criar passarinho, o livro nos revela o contrário. Traz para nós como é belo o pássaro solto, sua liberdade acima de tudo.
Olhando para as metáforas do texto, veremos a relação metalingüística dele. No fundo, mais do que criar passarinho, o autor parece falar de como criar poesia. De como o pensamento voa, já que não podemos como os pássaros fazer isso anatomicamente.
“Para criar passarinho há que se gostar da noite como um tempo para dormir aninhado entre estrelas. Isso se consegue não suspeitando dos sonhos e fascinar-se com a temporária presença da lua. Ter o escuro como manto capaz de abrigar o sono e mais uma paciente certeza de um sol depois de toda a madrugada”.
6. Conclusão
Apontar com certeza irrefutável de que um livro seja para criança é deixar de lado seu potencial para qualquer pessoa cuja sensibilidade seja tocada pelo texto. Muitas vezes, um livro para criança recebe essa denominação por sua simplicidade. No entanto, nós mesmos precisamos esporadicamente nos vestir com os olhos de crianças para buscar uma organização mais simples para o mundo que nos rodeia, que é uma experiência grande demais e complexa.
É sempre muito complicado pensar em uma literatura voltada especificamente para um público, já que eles nunca são homogêneos. Nesse caso, é especialmente difícil a análise porque quem a faz não está dentro do grupo especificado. O que procurarei fazer aqui é trazer alguns poemas dos autores indicados e apresentados nos seminários e tentar relacioná-los à experiência infantil e juvenil e a possível intenção do autor.
Não me aterei aos projetos gráficos dos livros, por estarem sujeitos a frequentes mudanças conforme as diferentes edições, mas é preciso destacar a importância visual e de significados dessas escolhas gráficas.
1. Cecília Meireles
Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu no Rio de Janeiro em 07 de novembro de 1901 e morreu na mesma cidade em 09 de novembro de 1964. Exerceu a profissão de professora e jornalista, mas é principalmente lembrada pelo seu trabalho com poemas. Sua obra poética tem às vezes um enfoque na literatura infantil e juvenil, mas destacou-se também com O Romanceiro da Inconfidência.
Suas temáticas costumam abarcar questões metafísicas e minimalistas, desde a presença de flores até a brevidade da vida. Essa poesia leve e ao mesmo tempo complexa não precisa sair do campo dos adultos para circular muito bem no das crianças. As temáticas podem variar, mas a forma permanece lírica.
O livro usado para o seminário foi “Ou isto ou aquilo”. O poema homônimo ao livro traz uma série de possibilidades, mas que acabam sendo excludentes. Ou se pode fazer uma coisa, ou se pode fazer outra.
“É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!”
Sua obra infanto-juvenil apresenta uma lírica própria. A poeta problematiza grandes questões da existência de um modo simples, mas não simplista. Quando trata de um “isto” e de um “aquilo”, apresenta às crianças alguns pares que, além de criar uma idéia de escolha, indicam como não se pode viver de extremos. Não se pode estar nos ares o tempo todo, nem no chão; não se pode somente estudar, mas não se deve só brincar.
O público dessa obra é infantil. Favoravelmente a esse direcionamento, pode-se dizer do seu cuidado em não apresentar certezas absolutas, mas dúvidas e questionamentos. Apresentar o mundo para crianças deve ser um trabalho de indagação constante, porque adultos não devem se colocar em posição de donos do mundo.
2. Mario Quintana
Mario Quintana nasceu em Alegrete em 30 de julho de 1906 e morreu em Porto Alegre em 1994. Foi poeta, tradutor e jornalista. Não foi um poeta reconhecido na Academia, mas admirado por muitos de seus membros. Ao recusar o convite para candidatar-se pela quarta vez a fazer parte dela, o poeta criou uma de suas frases mais célebres: “Eles passarão/eu passarinho”.
Os livros analisados no seminário foram “Nariz de vidro” e “Sapato furado”, coletâneas de poemas dele. Centrar-me-ei no segundo.
“Sapato furado” traz pequenos versos e algumas prosas poéticas que tratam de assuntos diversos. Da morte e da vida, da infância, da velhice, da diferença entre amor e amizade, tudo com bastante ironia.
A ironia é uma desvantagem da obra para crianças muito pequenas que ainda não conseguem distinguir o que é irônico do que não é, caminhando em direção ao que é literal. No entanto, para crianças que já conseguem fazer essa distinção, o texto parece ser excelente. Traz reflexões em poucas palavras e diverte. Carrega um quê de pequenas subversões aos textos comumente indicados para crianças, justamente devido à ironia. E são nessas pequenas subversões que encontramos humor, o inesperado que gera a vontade de rir.
“Sapato furado” é uma antologia de poemas que não foram feitos especificamente para figurar em um mesmo livro, mas que se encaixam muito bem juntos. O poema “Que nome!”, por exemplo, figurava no Caderno H, em uma parte chamada “Palavras”. Outros textos foram tirados da obra Da preguiça como método de trabalho.
Que nome!
E não sei ao certo quem era ela, nem o que fez, mas tenho a certeza de que Dona Urraca foi uma das princesas mais infelizes do mundo...
3. Henriqueta Lisboa
Henriqueta Lisboa nasceu em Lambari em 15 de julho de 1901 e morreu em Belo Horizonte em 9 de outubro de 1985.
O livro recomendado foi “O menino poeta”. Analisarei o poema com esse nome. Henriqueta Lisboa faz uso de onomatopéias, que levam a leitura a um campo mais divertido. Ao mesmo tempo, o mote do texto é a procura pelo menino poeta. Esse menino, diz o poema, é conhecido do vizinho, de um peregrino. Mas o eu-lírico ainda não o encontrou, apenas sabe da história dele.
Uma aproximação do público ao menino poeta é feita a partir de uma alegoria. Menino poeta seria a criança em geral. É com simplicidade que ele e as crianças lidam com as coisas do mundo. É capaz de ensinar sobre o que está posto, o céu, o mar sem se pretender especialista, sendo apenas um vivente que capta a beleza do que o rodeia.
“O menino poeta
quero ver de perto
quero ver de perto
para me ensinar
as bonitas cousas
do céu e do mar.”
4. José Paulo Paes
José Paulo Paes nasceu na cidade de Taquaritinga em 1926 e morreu em São Paulo em 9 de outubro de 1998. Foi poeta, tradutor, crítico e ensaísta.
O livro analisado em seminário foi “O menino de Olho d’água”, enfocando-se o diálogo entre texto e ilustrações. O texto, por sinal, apresenta um diálogo dentro de si mesmo, já que é composto por prosa e poema. Os trechos em versos foram escritos por Paes, mas a prosa é de Rubens Matuck, que fizera também as ilustrações da obra. É interessante verificar a tonalidade das ilustrações e seus momentos de reviravolta em contato direto com a narrativa.
O texto tem uma função pedagógica clara ao mostrar a importância da água para a cidade do menino e a importância também da natureza ao redor, além de uma mensagem sobre vacinação.
Um fator muito relevante nessa obra é o passar do tempo. Quando era menino, o protagonista se junta a um velho e juntos se propõem a ajudar a cidade. Depois de muito tempo, quando o velho já havia morrido e o próprio menino já não era mais jovem, retorna à cidade e se recorda do tempo passado.
Em termos formais, a conversa do narrador com o leitor aproxima o segundo do livro. Trava uma relação entre os dois e a reflexão passa a ser construída por ambos.
Por esse mote pedagógico que o livro tem uma grande importância. Ele apresenta ao público infantil e juvenil a sua ordenação ao caos que é a realidade, mas envolve personagens sociais em uma dinâmica explicativa, suavizada pelas tenras cores de Rubens Matuck.
5. Bartolomeu Campos de Queirós
Nascido na cidade de Papagaio, Bartolomeu Campos de Queirós é o autor de “Para criar passarinho”, além de outros livros para o público infantil e juvenil.
O texto vem de modo formal em prosa, mas exala poesia em todas as suas construções verbais. Escrito como se fosse um manual de como criar passarinho, o livro nos revela o contrário. Traz para nós como é belo o pássaro solto, sua liberdade acima de tudo.
Olhando para as metáforas do texto, veremos a relação metalingüística dele. No fundo, mais do que criar passarinho, o autor parece falar de como criar poesia. De como o pensamento voa, já que não podemos como os pássaros fazer isso anatomicamente.
“Para criar passarinho há que se gostar da noite como um tempo para dormir aninhado entre estrelas. Isso se consegue não suspeitando dos sonhos e fascinar-se com a temporária presença da lua. Ter o escuro como manto capaz de abrigar o sono e mais uma paciente certeza de um sol depois de toda a madrugada”.
6. Conclusão
Apontar com certeza irrefutável de que um livro seja para criança é deixar de lado seu potencial para qualquer pessoa cuja sensibilidade seja tocada pelo texto. Muitas vezes, um livro para criança recebe essa denominação por sua simplicidade. No entanto, nós mesmos precisamos esporadicamente nos vestir com os olhos de crianças para buscar uma organização mais simples para o mundo que nos rodeia, que é uma experiência grande demais e complexa.
Provas e relatórios
Oi, pessoal!
tudo bem?
Escrevo para confirmar as informações que a professora passou na última aula.. Qualquer dúvida, me falem.
Primeiro, a informação mais importante: A PROVA E OS RELATÓRIOS DEVEM SER ENTREGUES ATÉ DIA 24/06
Precisa fazer prova:
- Quem ia apresentar seminário mas desistiu- a prova terá peso 2 na nota
- Quem não apresentou seminário mas entregou os três relatórios e teve mais de uma falta - a prova terá peso 1 na nota
- Quem apresentou seminário, entregou dois relatórios e teve mais de uma falta - a prova terá peso 1 na nota
NÃO precisa fazer prova:
- Quem não apresentou seminário, entregou os três relatórios e não teve faltas ou teve apenas uma falta
- Quem apresentou seminário, entregou dois relatórios e não teve faltas ou teve apenas uma falta.
OPÇÃO:
Ao invés de fazer a prova, o aluno pode escolher fazer uma antologia de poemas. Que fique claro que NÃO é obrigatório.. só uma opção, ok?
Ainda não tenho a prova para enviar.. assim que a Mara me mandar, repasso para vocês!
Lembrando que dia 03/06 é feriado e não haverá aula dia 10/06, pois a professora vai viajar. Nos encontraremos no dia 17, ok?
vamos nos falando por email até lá!
beijos a todos
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- Quem não apresentou seminário mas entregou os três relatórios e teve mais de uma falta - a prova terá peso 1 na nota
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- Quem não apresentou seminário, entregou os três relatórios e não teve faltas ou teve apenas uma falta
- Quem apresentou seminário, entregou dois relatórios e não teve faltas ou teve apenas uma falta.
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Ao invés de fazer a prova, o aluno pode escolher fazer uma antologia de poemas. Que fique claro que NÃO é obrigatório.. só uma opção, ok?
Ainda não tenho a prova para enviar.. assim que a Mara me mandar, repasso para vocês!
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quarta-feira, 12 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
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